terça-feira, 10 de março de 2009

Encerramento de Esquadra de Polícia

DIARIO DE NOTICIAS

Freguesia com três bairros problemáticos fica sem PSP

Lisboa. Há pouco mais de um ano, o ministro Rui Pereira prometeu não encerrar esquadras da PSP nem postos da GNR. Na quarta-feira fecha a esquadra do Rego, totalizando duas em apenas seis meses.

JORNAL DE NOTICIAS

Fecho de esquadra provoca polémica

A presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa, mostrou-se "furiosa" com o encerrar da esquadra no Bairro do Rego. A população está indignada e vai fazer uma vigília esta noite.

"Estamos a saque. Tenho situações de insegurança complicadíssimas para resolver do Bairro Santos ao Rego. Tenho casinos clandestinos e discotecas que mais não são do que bares de prostituição e não tenho polícia", queixou-se Idalina Flora.

CORREIO DA MANHA

Esquadra da PSP do Bairro do Rego vai fechar na terça-feira por falta de condições
Avenidas Novas de Lisboa sem esquadras

Encerra na terça-feira a esquadra da PSP do Bairro do Rego, em Lisboa. No espaço de cinco meses, é o segundo departamento policial que fecha nas Avenidas Novas, em Lisboa, deixando esta zona sem quaisquer esquadras.

As razões da «morte anunciada» de alguns centros comerciais

A falta de know-how na produção de ambientes comerciais, de capacidade de adaptação à mudança de estilos de vida e a saturação do mercado são algumas razões apontadas pelos especialistas para a «morte anunciada» de muitos centros comerciais, escreve a agência Lusa.


Se alguns passaram por várias décadas com a perspicácia de se adaptar às constantes mudanças nos estilos de vida e dos valores dos consumidores, outros acomodaram-se e acabaram por transformar-se em espaços fantasma, com corredores vazios e lojas fechadas.

Exemplos da desolação

Espaços como os centros comerciais Alvalade ou Gemini (bairro do Rego), no bairro do Rego (Lisboa), são exemplo de espaços comerciais outrora vivos e que hoje apresentar um ar desolador.

«A falta de unidade de gestão impede uma política concertada de gestão do mix comercial, que se foi alterando em função da intuição para o negócio, que em média em 60 por cento dos casos no comércio não é bem sucedida», afirmou o especialista, apontado igualmente ainda a falta de capacidade de adaptação e a excessiva proliferação de centros comerciais.

«A proliferação de centros comerciais ao longo das últimas décadas foi tal que a concorrência que antes estabeleciam com o comércio tradicional passou agora a fazer-se entre este tipo de empreendimentos, com especial destaque entre as unidades de dimensões diferentes», acrescentou.

Mas não é apenas nos antigos centros comerciais que este fenómeno acontece.

Alvaláxia está na lista

O Centro Comercial Alvaláxia, em Lisboa, e o centro Comercial Trindade, no Porto, por razões diversas, apesar de abertos há poucos anos já apresentam dois principais sinais de abandono: lojas fechadas e corredores vazios.

Nos casos de empreendimentos recentes como estes, que acabaram como espaços fantasma, Herculano Cachinho aponta dois principais factores: a saturação do mercado, isto é «a maior parte dos centros nada traz de novo», e a escolha pouco ou nada acertada da localização escolhida.

«A localização de alguns empreendimentos não foi devidamente pensada, mesmo estando sobejamente demonstrado que esta variável é fundamental para o sucesso destes empreendimentos», concluiu.

Esquadra do Rego não pode ser desactivada, defende a CDU

Activistas da CDU têm estado envolvidos na luta pela defesa da esquadra da PSP no Rego. Trata-se de um problema sério - como comentou o dirigente da CDU e do PCP Calos Chaparro para os jornalistas.
Transcrevemos um excerto do artigo hoje divulgado no jornal 'Público':

PCP sugere cedência de instalações camarárias
01.02.2009
O PCP considera que o fecho da esquadra do Rego "é um problema sério e uma falta de respeito", que contradiz a promessa feita há cerca de um ano pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, de que não seriam encerradas esquadras da PSP nem postos da GNR. Na reunião da Câmara de Lisboa de quarta-feira, o partido vai pedir que seja equacionada a cedência de instalações municipais na zona para receber o equipamento de segurança. "A câmara tem aqui na zona instalações, lojas em bairros que construiu e que estão encerradas", diz o líder da organização distrital de Lisboa do PCP, Carlos Chaparro, defendendo que a cedência de um destes espaços à PSP é possível "se houver por parte da câmara alguma vontade política". O comunista afirma que a esquadra não devia fechar as portas "sem que esteja criada uma alternativa" e acrescenta que "as pessoas têm toda a razão em protestar".
Inês Boaventura, in 'Público',